Um dia me vi desafortunada de uma preciosidade, caminhando dentre um vale com pouca luz, garimpando em um solo estéril.
Cansada, avistei um sinal de luz por um fresta estreita e resolvi empurrar as pedras, encontrei um jardim e sorri. Descobri a cor dos meus pés e vi pelo reflexo das águas doces como meu cabelo brilhava e em um complexo narciso me entreguei.
Tão esquecida da preciosidade que procurava, deixei que o vento tirasse a poeira que restava em minhas roupas, adormeci.
Senti no rosto o vapor de uma respiração e um plebeu me acordou, me estendeu a mão e me entregou o que eu tanto procurava, o amor.
Satisfeita, hoje eu sei que só se tem o amor do plebeu depois que se sai do vale do garimpo.
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