Ana Vífer

Ana Vífer

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Meu amor não é vintage...


Não sou dada àquele tipo de romance colorido, daqueles de comercial de margarina. Não sou chegada àquele romance florido, vintage, surreal. Nas minhas canções de amor não tem violinos. No meu romance não tem passarinhos, vestidos, laços e fitas.
Meu amor é mais forte do que uma taça de cristal ou uma xícara de porcelana. Meu amor não é como "um amor para recordar" e nem "o vento levou". Meu amor não é leve, não é delicado, não é fofo.
Meu amor é barulhento, meu amor é forte, meu amor é filme de ação. Meu amor é grafitado em um muro da cidade, meu amor é comida mexicana, meu amor tem suas expectativas fundadas em tudo o que é real e nem sempre em tudo o que é palpável.
Minhas canções de amor tem um swing, um balanço. Meu amor é como um jarro de bronze milenar ou uma panela de ferro de passou de geração em geração. Meu amor é como um filme com classificação etária. Meu amor é pesado, é recheado, é intenso.
Se meu amor fosse na figura de uma mulher, ela não teria franjinha na testa, não usaria cores leves nas unhas, não sorriria em todas as fotos, não teria uma voz comum. Se meu amor fosse uma mulher, teria curvas, estilo, um corte diferente, olhos bem maquiados e uma voz sussurrada.
Se meu amor fosse na figura de um homem, seduziria fácil qualquer mulher.
Meu amor pode não parecer bonito aos olhos medíocres de quem o vê, mas é poderoso nos nossos corações que o sentimos.

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