Ana Vífer

Ana Vífer

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Os primeiros passos...

Às vezes parece mentira, sabe? Como alguém pode gostar assim de mim, sabendo quem eu sou? Como alguém pode querer continuar anos e anos comigo até o fim da vida? Me pergunto: será fogo de palha? Ai ele vem e me prova mais uma vez que eu estou errada e que apenas antes não fui valorizada. E me vem uma vontadezinha de chorar, mas não é tristeza. Me pergunto como ele consegue me conquistar todos os dias e peço ao Senhor que isso não acabe, que supere qualquer crise e qualquer dúvida, que supere nossa humanidade, porque sentimentos vem de Deus. Me dá uma angústia, uma agonia, e eu fico querendo saber quanto tempo vai durar e se vai durar... Outra vez ele me surpreende com um carinho que eu NUNCA recebi na vida de nenhuma outra pessoa. Faz planos comigo, me inclui em tudo e me deixa a par da vida dele sem eu ter que perguntar. Compreende meus medos, guarda meus segredos e quando eu quero ficar com medo, ele me faz rir. Ele nem sabe que as vírgulas dele compõem a minha história de um jeito único, ele nem desconfia que eu sonhava com o jeito dele, com o caráter dele, com a música dele e com o jeito dele me abraçar. Eu me perguntava: quando, Senhor? E Deus me deu respostas em ações. Eu sinto medo ainda, como todo ser humano sente quando o que tá no peito transparece fácil no olhar. Dá medo do sentimento do outro acabar, do outro enjoar. Mas basta sentir a atenção que ele me dá e eu não sinto mais nada, só felicidade. Da minha vida inteirinha, cheia de experiências fortes, é a primeira vez que eu me sinto encorajada a continuar. Não por força das circunstancias, mas por tudo que ele é... sem hesitar. São os primeiros passos do nosso amor...

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Meu coração respira aliviado, ele está do meu lado mesmo quando está distante. E eu nem sei explicar bem o que acontece, cada vírgula combina, os pensamentos dançam em conjunto, meu compasso acompanha o dele.
Meu príncipe não tem coroa, tem boné; não usa espada, usa guitarra; não precisou ser encantado... precisou ser ele mesmo.
E parece que faz tanto tempo, quando na verdade mal começou.
Eu fico parada no sorriso dele, no humor dele, na maturidade dele, nele... todo ele para minha dureza, minha esperteza, e eu derreto com o calor da voz dele.
Veio na hora certa, sem atraso e nem adiantamento, veio do jeito certo. Simples como devia ser, doce a ponto de roubar todos os meus sorrisos.
Preto, daqui pra frente eu não vou parar de te olhar...

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Preto...

Preto, é com você que eu adoro falar todos os dias desde o dia em que você amanheceu aqui. Eu criava tantos poréns, mas eu tive que me render em homenagem a todos aqueles sorrisos que você me fazia dar enquanto disfarçava que do meu lado queria estar.
Todas aquelas músicas, todas aquelas frases soltas, todas as intenções perdidas no ar e a gente sonhava em silêncio, cada um no seu lugar. Eu suspeitava, você se perguntava, nós calávamos o inevitável, esse segredo não dava mais pra guardar.
Você se culpava e ainda bem que fui rápida pra te resgatar.
Um dia ficou impossível, eu tinha ciúme, você e só você fazia sentido e eu tive que saber que tamanho tinha, qual era a proporção do seu querer.
Eu te xingava te elogiando, te queria me detestando pela confusão que eu estava criando. Mas eu reagi.
Agora a minha vontade é espalhar, mas a cautela me desacelera e me faz esperar dia após dia a hora de falar pra todo mundo: "esse nego é meu!".
Eu estou naquela fase que tudo lembra você e eu acho que não vai passar, porque nós somos diferentes de todos, porque meu coração te assediou enquanto passava na rua, disse "psiu" pro teu coração reboloso, pretinho e charmoso.
Como diria Emicida, os pagodes mais melosos fazem agora sentido, estamos ambos perdidos e eu sinceramente não quero me achar.
Que sejamos o R&B mais gostoso de ouvir, que nós não paremos de tocar no fundo do peito um do outro e que a playlist não seja curta, aliás, que não tenha fim.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Eu guardaria cada nota da sua essência, esse teu cheiro de verdade, essa tua paciência comigo, com a minha falta de vergonha na cara... você se vira bem com tudo que eu falo tão explicitamente. Eu que sou tão avessa, azeda, irônica, como você faz pra aguentar toda vez que de longe te puxo e de perto te solto?
Tão fácil rolar assunto aqui entre nós, nas nossas madrugadas secretas, onde eu digo que preciso dormir antes que o dia amanheça se não o sono some e você diz que vai também e nós vamos, cada um pro seu canto, ligados no mesmo encanto das incógnitas pairando no ar.
E o sono demora pra vir, porque eu ainda não se devo ficar ou se devo partir.