Ana Vífer

Ana Vífer

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Preto...

Preto, é com você que eu adoro falar todos os dias desde o dia em que você amanheceu aqui. Eu criava tantos poréns, mas eu tive que me render em homenagem a todos aqueles sorrisos que você me fazia dar enquanto disfarçava que do meu lado queria estar.
Todas aquelas músicas, todas aquelas frases soltas, todas as intenções perdidas no ar e a gente sonhava em silêncio, cada um no seu lugar. Eu suspeitava, você se perguntava, nós calávamos o inevitável, esse segredo não dava mais pra guardar.
Você se culpava e ainda bem que fui rápida pra te resgatar.
Um dia ficou impossível, eu tinha ciúme, você e só você fazia sentido e eu tive que saber que tamanho tinha, qual era a proporção do seu querer.
Eu te xingava te elogiando, te queria me detestando pela confusão que eu estava criando. Mas eu reagi.
Agora a minha vontade é espalhar, mas a cautela me desacelera e me faz esperar dia após dia a hora de falar pra todo mundo: "esse nego é meu!".
Eu estou naquela fase que tudo lembra você e eu acho que não vai passar, porque nós somos diferentes de todos, porque meu coração te assediou enquanto passava na rua, disse "psiu" pro teu coração reboloso, pretinho e charmoso.
Como diria Emicida, os pagodes mais melosos fazem agora sentido, estamos ambos perdidos e eu sinceramente não quero me achar.
Que sejamos o R&B mais gostoso de ouvir, que nós não paremos de tocar no fundo do peito um do outro e que a playlist não seja curta, aliás, que não tenha fim.

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