Ana Vífer

Ana Vífer

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

De volta pra casa

Juntei todas aquelas coisas boas... Os sorrisos, os beijos, abraços, carinhos e coloquei dentro da memória, junto com a minha camiseta branca de tartarugas, meu all star sujinho, e minha escova de dente.
Eu não sei se ele percebeu, mas eu já havia ido embora fazia um tempo, o que ficou foi uma imagem de mim que nem eu mesma deveria ter passado, eu não estava lá... Me desculpa, mas eu realmente não estava.
E eu sentei na linha do trêm, com fones no ouvido, mal conseguia ouvir qualquer grande ruido. Eu estava indo pra casa dele, e eu sei que mesmo lá pra mim não teria lugar. Mas eu quis ir, eu fui... Por incrível que pareça, eu fiquei.
Agora que ele já sabe que eu já estou longe, meu alívio é quase incômodo, quase me traz culpa, mas quer saber? É muito bom!
Liberdade pra tudo, pra mim, pra Deus. Nada mais me prende, eu posso de novo sugar a vida com canudinho e ficar bem "bêbada de escolha".
Na escrivaninha dele tem um bilhete escrito:
"Quando você ler, já estarei dentro do trêm. Tô voltando pra casa, e lá em casa eu vou ficar. Depois te ligo, explico, a gente resolve o que não há pra resolver. Obrigado por ter sido meu."
Mal cheguei em casa, e já me mudei... E ele nem sabe que no fundo, estive poucas vezes lá com ele.

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