Ana Vífer

Ana Vífer

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Dançando lentamente em um quarto em chamas.


Eu estive o tempo todo lá, em todos os momentos. Eu estive por perto, eu acompanhei tantas fases eu orei.
Eu falei uma única vez, achei que fosse suficiente, eu abri o que não queria abrir, por achar que adiantaria.
Tarde demais, eu baixei a guarda eu baixei o rosto, eu comecei a sofrer.
E ai tive que ser atriz, tive que encenar quase o tempo todo, eu tive que usar terceiros pra me convencer, pra esquecer... Não deu.
E toda essa grande merda sentimental me levou pra um buraco que eu tô conseguindo sair agora, depois de tanto remoer, de tanto pressionar os dentes uns contra os outros. Chegou a hora de dizer "chega", e chegou o momento em que eu decidi que definitivamente não quero mais nada disso.
Do que adiantou ser bacana? Ser respeitosa? Não cobrar? Não perguntar?
Me diga você, de que serviu?
Era tão fácil, não é? Quando o corpo não esquecia o que a memória e o coração jamais se lembraram, você vinha e tinha o que queria. Beijo, carinho, colo quentinho, abraço, tudo isso sem esforço. A culpa é um pouco minha, eu me deixei levar. Mas agora já era!
Chega do costume, do comodismo que eu te dei! Você não me respeita? O que eu significo?
Será que esquece que eu sou gente como você? O que eu te fiz? Quando foi que eu menti? Me diz quando eu te magoei?
Não me lembro.
Uma canção do John Mayer me faz imaginar, estamavamos dançando lentamente em um quanto em chamas e somente eu estava me queimando.
Anos da minha vida te colocando em intervalos, desperdiçando o coração pra porcaria nenhuma.
Não se preocupa se eu só estou falando por aqui, meu amor. Vai sentir cada palavra que estou usando daqui pra frente e quem vai queimar na nossa dança é você.

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