Ana Vífer

Ana Vífer

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Mais espaço para o que importa

O dia já começa turbulento, sono atrasado, correria pra sair de casa. Come-se rápido, o stress do transporte público, "bom dia" dado com mal humor.
Trabalha-se com vontade de chegar logo em casa, mas sempre há algo mais para fazer. O almoço segue corrido, digestão bem feita é luxo! 
Poucos sorrisos com coisas simples, poucas retribuições de afeto, falta de paciência até para quem diz "eu te amo". Parece errado, não é hora de amor, é hora de produzir. Notas pelo menos aceitáveis na faculdade já estão de bom tamanho, então concentração para não falhar no básico já que o dia já consumiu todas as energias.
Do amor fala-se pouco, para a mãe, para o pai, para os irmãos, para a esposa (noiva, namorada) e o stress traz a lembrança só do que não é bom, como se carregasse tudo o que é negativo consigo. É um sentimento de insatisfação, luta-se tanto para ter algo com que compartilhar com alguém, e cuida-se tão pouco do destinatário dessa luta. Dinheiro, dinheiro, dinheiro... roupas, sapatos, contas, emprego, chefe, professor, reitoria, cheques, cartão de crédito, restaurante, facebook, instagram, críticas, frustrações, exigências, descontentamento e um muro vai se erguendo dividindo nossos sonhos do motivo pelo qual deveríamos sonhar: PESSOAS.
"eu te amo", "obrigado", "está tudo bem", "me desculpe", "eu adoro estar com você", "senti sua falta", "bom dia, "boa noite", "com licença". Compreender, esquecer, deixar pra lá... enfim, ser leve. Lembrar-se do que realmente importa, as pessoas que amamos, as pessoas que nos amam e que suportam a nossa rotina, nossos compromissos, nossa falta de dinheiro, nossa falta de cuidado e todas as coisas que dividem os relacionamentos.
A resolução do problema? Não vou dizer... Uma simples reflexão trará todas as respostas. Uma dica? Não deixe o amor ficar de lado em meio as suas correrias, corra com ele nas mãos, lembrando sempre que ele deve ser o maior motivo pelo qual queremos possuir coisas.

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