Ana Vífer

Ana Vífer

sábado, 8 de junho de 2013

Vel e Edson


Um dia, sem imaginar, ela abriu a janela... Donzela, encaracolada e bela. Marrom, cor de amêndoa, ela sem esperar ainda olhava. Seus olhos raiaram para fora do vidro, foi ela sozinha quem brilhou, não foi o sol, o sol se fechou.
Que atraente, firme e doce remetente de um fascínio arrebatador pra qualquer um que olhava, mas só a um interessava Deus lhe presentear.
Uma tentativa vã, o então menino, não soube apreciar. Segundo soneto, e a valsa deu passo, sem qualquer embaraço, lá estava o agora homem a cortejar a dama cheia de tramas e um universo a desvendar. Nela uma fortaleza ruiu quando ele sorriu e pediu a ela: - vamos nos casar?
Um anel de brilhante não ficou distante do velho fascínio daquele olhar. Os dias contados, o evento marcado, o moço preto cor de viola mal pode esperar.
O amor veio eterno, porque de coisas breves ela estava farta havia muito. O amor veio súbito, porque qualquer coisa vã ele não poderia aguentar.
Como um livro bom, nas mãos de quem interpreta bem, Deus fez-se sonhador e reescreveu vocês antes que soubessem que seriam estrelas de um romance do Pai.

Porque o Pai não é só escritor de novos enredos, mas cala os medos dos personagem com amor e um desejo de sempre e sempre se amar.

Inspirado em Velise Ieda e Edson Gomes

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