Ana Vífer

Ana Vífer

sábado, 3 de março de 2012

Encostar

Eu ainda não aprendi a pedir nada.
Continuo achando que às vezes perder é o melhor destino.
Ainda não sei aonde estou. Ainda tudo é saudade... e seja lá o que for.
Minha vida vai fazer quantas curvas forem necessárias, só quero que a sua cruze com a minha.
Eu ainda quero a arte de te roubar no meio da tarde pra não fazer absolutamente nada, essa é a minha cleptomania de você, roubá-lo só para ter, por pura satisfação de possuir. É isso.
Ainda não mudei, acho que nem quero mais mudar, ainda quero procurar todos os meios, acasos, segredos, contratos, mentiras, boatos, sorrisos e espaços que me levem até você ou que te tragam até mim. Já não importa mais quais serão os veículos, contanto que você ainda seja o ponto final.
E quando você me chama, eu acordo do sono mais profundo, eu deixo tudo, eu deixo a alma escutar sua voz e eu me encontro, porque sem você, meu anjo... Nunca sei onde eu estou.
Resisto a todos esses imensos segundos de vida, quando a sua ausência é gritante e eu não sei onde ir me lembrando que sempre e sempre nesse labirinto nossas vidas tem uma só saída.
Por mais que eu não sonhe com o eterno, sonho com um instante e ele só já me faz feliz. Encosta, gruda, enrosca e passeia por mim.



*Releitura de "Encostar na sua" - Ana Carolina

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