Ana Vífer

Ana Vífer

terça-feira, 20 de março de 2012

Bagagem


É claro que quando você já tem uma bagagem tão cheia de experiência, algumas coisas você aprende a não considerar. Você aprende a não mergulhar tão fundo, não usar textos incertos, a não persoadir sem que o foco seja certeiro.
Quando você deixa espaços, você desfaz certas esperanças e cria as que realmente necessitam ser criadas. Parece que nesse momento você começa com o filme monocromático e vai colorindo a medida que o infinito vai aparecendo, não permite mais roteiros dramáticos.
Não por falta de querer, não por medo ou insegurança, mas por coragem de admitir que existe um "sim" e um "não" para todas as coisas.
É como se seu esforço estivesse em manter seu coração livre de dores e aberto ao sentimento, se equilibra, cresce. E dar segurança mesmo sabendo que como se chega, também se pode partir.
Não sou mais menina, nem tenho grandes ilusões, tenho sonhos sim e desejos não me faltam, mas eu sou a protagonista de mim, escrevo por mim.
Talvez sejam informações demais para assimilar, pensamentos soltos que não fazem sentido para quem apenas lê, eu sei que a confusão de idéias faz parte de mim e que quero juntá-las todas em um texto fragmentado. Mas eu preciso dizer, eu preciso exibir cada pequena parte de um sentimento que mantenho firme até que eu seja quebrada, desmontada da minha segurança. Até que eu seja capturada, até que em mim não haja mais reserva e nem proteção, até que eu me renda, eu mantenho os pés fincados na certeza do que pretendo.
Até que me desfaleça o amor, retenho minhas emoções e me enveneno delas em pequenas doses para não sofrer de uma vez e nem ser feliz sem ter o que contar.

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