Ana Vífer

Ana Vífer

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Ele me fez toda feita de amor.

Não é uma simples história com linha do tempo, nem só um sentimento lindo, não somos só duas pessoas, estou experimentando ser o amor.
Eu me perguntava como seria quando encontrasse o homem da minha vida, aquele que abalaria minhas estruturas mal feitas e as refaria numa métrica perfeita de medida ou de um rap. Me perguntava se existia mesmo um amor capaz de suportar a chatice matutina, a rotina, as minhas besteiras de menina.
Eu não sabia ao certo e hoje me dá vontade de chorar, chorar de amor mesmo, deixar escorrer pelos olhos toda a gratidão que eu tenho por poder viver isso.
Agora eu sei o que é querer desesperadamente me casar pra olhar naqueles olhos castanhos todos os dias, pra ouvir sempre uma canção na voz dele. Agora eu sei como os dias úteis podem ser longos e como os com ele parecem passar voando. Arrumar as malas e voltar pra casa, deixando com ele tudo que tenho de mais importante e trazendo comigo só o corpo e nada mais.
Se um dia, nos meus sonhos mais vagos eu pudesse compreender o que é exatamente querer um homem pra ser meu porto seguro, eu não teria vagado pelas pedras, jamais teria me ferido nas pedras. Querer e querer tanto que dói, amar e amar tanto que é impossível descrever... Que louco isso!
Ver e conhecer todos os defeitos e pensar "esse menino é impossível", ficar irritada e depois pensar outra vez "esse menino é impossível de não amar".
Meu anjo é tão alto que posso aconchegar minha cabeça em seu peito na vertical de um ônibus cheio e não sentir medo de nada. Meu homem é tão menino que posso rir sem parar até sentir dor de barriga. Meu menino é tão homem que não precisou de princípios de berço pra ter um caráter impecável, pra ser de Deus, pra nos conservar em um cordão com Deus.
No som da voz dele eu consigo ouvir a resposta para os meus pimpolhos dizendo "papai" e ao mesmo tempo ouvir um sussurro dizendo "minha branquinha". Nos olhos dele eu consigo ver a firmeza de um grande homem e a doçura de um sonhador.
Ele é tão admirável... Ele me faz tão bem. Dá pra eu me sentir culpada pelo meu temperamento difícil quando eu vejo no rosto dele toda aquela calma, aquele ar de resolvido, aquele jeito de quem sabe mais do que eu e ele sempre sabe. Minha vida, meu preto, conquistou meu coração de uma maneira que ninguém no passado pôde fazer.
É o amor de tudo em mim, me fez melhor, me fez crescer e me deu oportunidade de ensinar. Ele é tão grande quando é pequeno e melhora depois que erra.
Dizem que um dia a paixão acaba, que só fica o amor, mas todas as vezes que dá saudade e que ela bate forte dentro do peito, a paixão renasce como uma fênix e eu não sei mais quando as teses e estudos sobre sentimentos fazem sentido.
Quando a gente ama, vai além da química, além do plausível e do palpável. Não é um hormônio que determina até onde vai a vontade de estar junto, é só porque você se torna todo feito de amor.
E você fica meloso, como eu estou melosa e fica sonhando e mesmo quando a realidade bate na sua cabeça te lembrando como a vida é difícil, você ainda ama e ainda quer. As perguntas "você quer mesmo casar?" ou "você quer mesmo ser mãe?" ficam parecendo um monte de lixo no canto do quintal e tudo faz sentido depois do culto em uma conversa boa no busão voltando pra casa.
Ah, Leny's... meu amado, meu plebeu encantado, meu bacharel engraçado, meu simples rei, meu futuro marido, meu amor desde o início, é com você que eu quero passar todos os dias até que eu envelheça, até que eu fique chata, até que você tenha cabelos brancos e até que Cristo venha.

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