Ana Vífer

Ana Vífer

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O amor

Talvez o amor esteja mais difícil de ser encontrado hoje em dia porque dá-se pouco valor a ele. Pessoas vivem a vida toda tentando conquistar coisas, mas não dão suporte as pessoas que se dispõe a amá-las. O amor é realmente algo divino, não é uma soma ou uma divisão, não há matéria e nem obra-prima no amor. Mulheres ricas casadas há tantos anos insatisfeitas com a escolha que fizeram que lhes favoreceu somente o bolso. Outras que são procuradas porque quem só tem um interesse nelas que é ter uma vida confortável. Homens idosos sendo cuidados por moças jovens que querem um futuro com estabilidade financeira. Mulheres lindas sendo tratadas como lixo porque só o que elas tem é o que interessa a quem se aproxima delas... Dentro de cada coração existe um vazio de um sentimento genuíno e incorruptível que não morre, talvez adormeça, mas não morre. Uma sede descontrolada por alguém que queira compartilhar o bom e o ruim, a necessidade e a fartura, o prazer e a dor. Sim, o amor não se baseia em beleza, não sabe escrever, não sabe ler, não sabe contar, porque diferente dos outros sentimentos ele não tem um motivo para começar. Não é como a raiva desencadeada por uma frustração, como a felicidade vinda de um ganho, como o ódio vindo de uma dor ou de uma paixão constituída a partir de um desejo físico. O amor ele é como um vento que não tem motivo para estar soprando, ele simplesmente sopra. Por isso é tão difícil de encontrar. Alguns vão tentando a sorte e se machucando até desistirem dele, outros ficam parados esperando que ele sopre e envelhecem suas esperanças. Outros, os sábios, observam onde pode haver uma brisa leve e ali depositam suas esperanças. Ah, o amor... cheio de questões a serem entendidas, mistérios a serem desvendados, no entanto, nada pode calcular ou medir sua extensão quando ele faz parte da vida de alguém. Dizem que o amor faz sofrer, mas não magoe esse sentimento comparando-o com a paixão que é traiçoeira e da mesma maneira que entra em rápida ebulição, esfria. O amor não tem nada a ver com dor, ele é a cura para tudo. O amor é um sentimento transformador e raro. Alguns demorarão anos e anos para encontrá-lo porque não estão prontos ainda a abrir mão de si mesmos. O preço do amor é abandonar-se, apenas preservar uma identidade para que possamos completar alguém, mas convém que deixemos planos singulares quase sempre, que dividamos afazeres e deveres, que suportemos tantas coisas que em nossa vida de solidão não suportaríamos. O amor é caro, alguns não querem pagar por ele, por isso se perdem em si mesmos. Eu prefiro o amor para que meus dias sejam arejados e minha vida tenha fardos leves e não coisas do qual eu não possa carregar como a solidão, a culpa e a falta de esperança.

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