Ana Vífer

Ana Vífer

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Meu primeiro relato da gravidez... 2 de 2

Eu hoje: Existem milhares de inseguranças que temos no período da gestação. A gente só quer que o bebê nasça perfeito. Tenho muito amor e respeito às crianças especiais, mas nós só queremos que nosso bebê não tenha qualquer limitação. A gente aprende a empatia, fica mais forte. Com 18 semanas eu comecei a sentir a maldita da dor pélvica que eu não desejo pra ninguém. Ela é causada pelo relaxamento dos músculos no crescimento da criança. Minha amiga, é uma dor horrível, apesar de normal. Um cansaço muito estranho tomou conta de mim, eu simplesmente fico inerte alguns dias, depois uma vitalidade surge e eu quero fazer faxina até na coitada da gata. Mas a dor pélvica me acompanha, se agrava de noite e a gente PRECISA do marido ou de  algum parente para fazer coisas simples como levantar da cama ou abaixar pra pegar algo.
Tem umas coisas que eu ouço que dão nervoso, como o desejo de que meu filho seja peralta. Tem mães frustradas que gostam de colocar pilha em você. Mas tenho sido forte e não tenho dado assunto. Aprendi a falar as coisas mais diretamente, quando não gosto de um comentário, eu respondo com franqueza. Tem muita gente que nunca engravidou que quer te dar dicas, dispense. Tem gente com simpatia pra isso ou aquilo, com crendice, com tudo... não dê ouvidos. Se a gente for levar em conta tudo o que falam pra gente, o momento mais feliz das nossas vidas vira um inferno. Vão falar do seu gato, do seu cachorro, do papagaio. Vão falar do que você come, pra você se agasalhar, vão falar da sua vida sexual (pasmem!), esquecendo que você tem um médico que vai te aconselhar sobre tudo isso. Ignore. Aprendi também a ser mais amável, hoje eu sei que a barriga de uma grávida é "propriedade pública" e que todo mundo quer fazer carinho. Eu deixo (a não ser que eu não conheça a pessoa)... afinal, é amor das pessoas.
A gente começa a entender nossos pais.

Eu aprendi uma coisa muito bacana que é receber pro meu filho. Desde que eu anunciei a gravidez que não ganho nada pra mim, mas sinceramente, não me importo. Não me importo nem se me esquecerem, desde que se lembrem do meu filho. Eu aprendi que o momento é dele e eu só estou ajudando ele a vir ao mundo. Ainda sim, as pessoas ao meu redor tem sido muito queridas comigo, sempre me perguntando da minha saúde e me ajudando na caminhada.
Ainda me sinto estranha, às vezes esqueço que estou grávida e meu bebê me dá um chute pra eu lembrar que ele está aqui. Não fico conversando muito com ele, porque pra mim ainda é muito estranho. Às vezes até bate uma culpa porque eu não sou aquela grávida que eu achei que seria, que fica cantando pro bebê e colocando música todos os dias. Depois eu me lembro que a maternidade pode ter mudado muito em mim, mas eu continuo sendo eu e tem coisas na gente que não mudam.
Dá desejo e desejo NÃO É CONVERSA de grávida. É incontrolável. E no meu caso é meu melhor momento de auto estima, nunca me senti tão bonita mesmo com o nariz inchadinho e uma bochechona. Minha barriga me faz sentir uma força da natureza. Não sei como vai ser depois, mas procuro nem pensar, já que sofro de ansiedade (hoje muito bem controlada), não deixo certas antecipações me preocuparem. Cada dia tem seu mal, disse o apóstolo Mateus (Mt. 6:34).

O nome: No mês de fevereiro eu iniciei com os meus alunos (meus maravilhosos alunos) da escola bíblica o Novo Testamento. Quando eu descobri que estava grávida, estávamos finalizando o livro de Lucas. Eu, como tive que estudar bastante pra conseguir ministrar as aulas, descobri em Lucas eu cara fantástico, apesar da Bíblia relatar muito pouco sobre como ele era. Foi possível entender durante a leitura de Lucas e Atos dos Apóstolos o quão meticuloso ele era. Sua curiosidade por Jesus, sobre os fatos que cercaram Seu nascimento e a ordem da disposição dos escritos, fora sua inteligência e disponibilidade em documentar o início da igreja, acompanhando o apóstolo Paulo me trouxeram fascínio.
Um jovem, dito médico, maravilhado pelos milagres de Jesus. Documentando a igreja primitiva e apoiando um dos maiores homens da história da Bíblia, inteligente e persistente no estudo da vida de Cristo... É esse tipo de homem que eu quero que meu filho seja. É um nome simples e até comum, mas que me apareceu no momento que eu soube que seria mãe. Não existe nada que eu queira mais do que um filho que sirva a Deus de todo o seu coração, que ame com a sua vida as Escrituras, que siga Jesus com afinco porque isso, na minha crença, ditará todo o seu caráter. Será um bom amigo, bom filho, bom marido, bom pai, bom em seu ministério se ele seguir as verdades da Palavra, a Palavra que controla tudo, a voz do Altíssimo. Acima de qualquer coisa, eu desejo que meu filho ame ao Senhor. E o Senhor é tão bom que deu um pai a ele que servirá de exemplo de estudo, de curiosidade, de amor pelas Escrituras (eu pago UM PAU pro meu marido em tudo, principalmente nisso).
Lucas quer dizer "luz". E o engraçado é que minha mãe sempre diz a mim e ao meu irmão "luz da minha casa" quando chegamos de algum lugar, ela nos recebe assim.
Eu agora vou experimentar o que é ter uma luz na minha casa. Meu segundo nome é Lúcia, que quer dizer "luz" também e as destrambelhadas da minhas primas me chamam de "Ana Luz". Pra quem teve uma gravidez "no escuro" por causa do atendimento público, tenho bastante luz pra "dar a luz" à luz da minha vida, meu Luquinhas.
Daqui um tempo eu conto mais sobre as aventuras de uma barriguda. That's all folks!

Obs: hoje eu consigo fazer o acompanhamento pelo convênio, não se preocupem. E as aspirantes a mães, tentem fazer um convênio antes de engravidar, assim você terá mais tranquilidade. Eu infelizmente não vou conseguir fazer o parto pelo convênio, mas Deus sabe de tudo. Cuide-se para não ficar no escuro.


Nenhum comentário:

Postar um comentário