Ana Vífer

Ana Vífer

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Meu primeiro relato da gravidez... 1 de 2

Bom, fiz quarta-feira, dia 2 de agosto, 22 semanas, ou seja, metade do quinto mês de gestação, mas vou começar pelo começo. Dividi o texto em duas partes porque tem coisa pra caramba!

Eu sempre quis ser mãe, desde criança eu tive esse desejo. Pensava que mesmo se eu não me casasse nunca, ainda sim eu queria um filho. Eu sei que muitas mulheres não tem a oportunidade de ter um companheiro para gerar, mas hoje eu entendo o quanto isso faz diferença na vida de uma mulher.
Meu marido é a pessoa com quem eu divido todos os momentos da gestação e só ele tem o amor pelo meu filho como eu tenho, pelo menos, o mais próximo do amor que eu já tenho.

A descoberta (4 de maio): Eu sempre tive períodos bagunçados, por isso tomei anticoncepcionais durante 8 anos da minha vida, em janeiro de 2017, depois de um ano e dois meses de casada, eu decidi que seria melhor para a minha saúde parar de tomar remédio e usar outro método anticonceptivo. Por causa do MITO de que quando uma mulher toma remédio por muito tempo, ela demora pra engravidar, eu estava relativamente tranquila. Não acredite nisso! Então usando de um método nada seguro, eu engravidei. Eu estava na casa dos meus pais morrendo de vontade de comer melancia. Não... Não é uma vontade normal, é como se você não pudesse mais viver se não comer uma melancia. Até então  eu não estava preocupada com o atraso do meu período, porque antes do anticoncepcional, era desregulado mesmo. Então minha mãe começou e  me fazer uma série de perguntas, mas por saber que eu era atrasada, ela achou que as coliquinhas que eu estava sentindo, eram um prenúncio do período. Ela foi dar aula de canto e eu fiquei encucada, mas certa de que EU NÃO ESTAVA GRÁVIDA.
Então pedi para o meu pai que comprasse um teste de farmácia só para desencargo de consciência. Ele comprou e eu fiz. Imediatamente duas fitinhas vermelhas apareceram. Foi um misto de alegria com susto. Eu tive um choro de três segundos, não conseguia acreditar. Contei para os meus pais e no mesmo dia a noite contei para o meu marido que ficou sem ação porque não estava nos nossos planos ter um filho agora, só daqui três anos. Eu ainda não sei em que circunstância eu engravidei, juro! Fico tentando lembrar que dia foi, mas não faço a menor ideia. Me lembro de uma ocasião (8 de abril) que tive um enjoo muito forte, mas como eu tenho gastrite, achei que era obra de uma coxinha, só que não.
(fotos tiradas no dia 4 de maio, dia da descoberta)

O primeiro mês pós descoberta: Então eu já estava no fim do primeiro trimestre quando soube da gravidez. Quando você sabe, no meu caso eu fiquei chocada ao ver como nosso corpo acorda para o fato. Eu não tive barriga, não tinha os seios grandes, não tive enjoos, nada. No momento que eu soube uma barriga louca apareceu, os seios ficaram enormes, e eu comecei a ter náuseas constantes. Não sei como isso se dá, se é o cérebro que aceita e confirma, mas acontece.
Eu passei a comer bem menos, já que tudo me enchia, meu humor estabilizou. Na TPM eu sempre tive picos intensos de stress, mas grávida eu fiquei um docinho, uma mansidão. Porém mais isolada e mais caseira. O amor que eu sentia pelo meu marido se intensificou tanto que a ausência dele me causava dor, sim... uma dor no peito, uma falta sem tamanho.
Com 13 semanas eu fui fazer meu primeiro ultrassom. Pare e pense numa coisa que te faz feliz. Agora multiplique essa coisa em um milhão. Não é tão bom quanto ouvir o coração do seu filho. Ver as perninhas se mexendo, a boquinha abrindo é surreal. Porém eu não estava com 13 semanas como a enfermeira tinha contabilizado, eu estava com 14 semanas e 3 dias. Tudo nessa gravidez foi muito tardio pra mim. A dificuldade no atendimento público é absurda. Não tive acompanhamento no início da gravidez, e isso é angustiante. A única coisa que me confortava era a certeza de que Jesus estava comigo o tempo todo e que Ele mesmo estava cuidando do meu bebê. Graças a Deus consegui fazer os exames essenciais, mas com muito custo e muito atraso. Hoje eu entendo porque tantas mães não conseguem saber de doenças pré-existentes, síndromes e outros problemas antes do nascimento da criança, é porque a rede pública, pelo menos no meu caso, não coloca urgência no atendimento das gestantes, elas ficam no escuro. Eu fiquei no escuro.

O sexo do bebê: Desde que eu soube que estava grávida, eu sabia que era um menino. Não conseguia imaginar uma menina. Eu só tinha interesse por coisas de menino, sonhava com ele. No dia do ultrassom, meus pais foram, meu irmão e minha cunhada também, meu marido estava ansioso e todos nós ocupamos a salinha. O médico viu logo o sexo, mas fez um suspense. No momento em que ele falou que era menino, meu coração parecia uma escola de samba. Eu estava com 19 semanas, foi lindo! A família presente torna tudo mais lindo ainda. Apesar de minha cunhada e minha mãe quererem uma menina, elas comemoraram junto. Essas coisas fazem a vida valer a pena.


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