Ana Vífer

Ana Vífer

sábado, 10 de setembro de 2011

Drama

Por tudo o que é mais sagrado, não sei mais o que é sagrado. Sagrado era ter pela metade tudo aquilo que me completava, sentir o coração pulsar, saber dizer "eu te amo" com verdade absoluta mesmo que temporária.
Pelo amor de Deus, é pecado não reconhecer em quem parece tão grande a miudeza diante de você, a sutileza, a gentileza, a correnteza das emoções.
E no que foi sagrado de nós sobrou a sobriedade, descoberta por um único fato: a separação do que nunca se uniu de vez, que buscou o sumo do meu coração pra no fim das contas dizer não.
Eu desarrumo meu destino, com essa cabeça de menino, jeito tórrido de pensar. Talvez o erro seja dado a minha eterna tentativa de acertar. Antes quebrada do que iludida, antes sem porto do que sem saída.
Preciso estar à beira mar, porque essa cidade cheira você, soa você, ecoa seus acordes, eu quero mudar a paisagem da falta e da saudade que mata todos os meus sentidos mesmo quando do meu lado você está.
Não há quem entenda o sentimento de "deixá-lo ir", não há quem entenda que apesar disso eu quero que fique.
Eu não entendo o que sinto, quase não sei mais se sinto alguma coisa. O que era amor hoje é dor que adormeceu em meio ao costume dos "nãos" que a vida me deu.

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